segunda-feira, 12 de abril de 2010

Indústria brasileira de games começa a recuperar ritmo após a crise!


O Programa Nacional de Software para Exportação (Softex) está buscando dados nas empresas nacionais de games para traçar um panorama do setor no Brasil.Segundo André Penha, vice-presidente de Relações Públicas da Abragames (Associação Brasileira de Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos), diferentemente de outros setores, a indústria de games, por sua característica exportadora, foi muito prejudicada pela crise financeira internacional.
- Os estúdios brasileiros tiveram dificuldades para vender fora do país. O setor foi prejudicado pela crise e agora está retomando o ritmo.Por causa da crise, em 2009 a indústria brasileira de games não cresceu em relação ao ano anterior.Em 2008, a área de software (programas de computador) cresceu 31% e a de hardware (parte física do computador e seus acessórios), 8%.
- Abriram-se algumas empresas e fecharam-se outras, infelizmente. Mas, na média, o número se manteve.Em 2008, havia 42 empresas desse tipo filiadas à Abragames.A participação brasileira no mercado mundial de jogos eletrônicos ainda é pequena, cerca de 0,2% do total. O setor nacional enfrenta ainda a concorrência de produtos pirateados.
- Quando conseguirmos eliminar o produto falsificado, ou deixá-lo inviável tecnologicamente, mudaremos de patamar.
Penha diz que o setor precisa de mercado interno forte para crescer.
- Sem mercado interno, é difícil engatinhar, para depois aprender a andar e a correr. Estamos crescendo com os passos invertidos. Toda indústria cresce em desenvolvimento de tecnologia, vendendo no mercado interno e depois exportando. A indústria de jogos fez os passos 1 e 3 e pulou o 2. Isso não é o mais saudável e dificulta bastante o crescimento da indústria local.Ele conta que algumas ações empreendidas no país deverão contribuir para melhorar, no médio e longo prazos, os números da indústria nacional. Uma delas é o BRGames, programa da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, que visa a fomentar o desenvolvimento da indústria de jogos eletrônicos no Brasil, aumentar a participação do setor no mercado externo e criar espaço para os games nacionais no país.Para ele, a subvenção do Ministério da Cultura é uma potencial alavanca para o crescimento das empresas brasileiras nos próximos anos. Metade da produção nacional de games é exportada – os principais compradores são os Estados Unidos e a União Europeia.Penha acredita que a realização do Brasil Game Show no fim do ano no Rio de Janeiro também contribuirá para o desenvolvimento do setor.
- É muito bom o Brasil falar de jogos, tocar no assunto, e a população brasileira mostrar que gosta de jogos.
O Brasil tem cerca de 40 milhões de jogadores nas mais diversas plataformas. De acordo com dados do Brasil Game Show, o mercado mundial de jogos eletrônicos está em expansão e o faturamento deverá chegar a US$ 73,5 bilhões (R$ 129,5 bilhões) em 2013.